3º Sargento Alves |
O terceiro sargento da
Polícia Militar do Rio Márcio Alexandre Alves, lotado no Batalhão de
Policiamento Rodoviário, hoje se transformou em herói. O militar, que
trabalha na corporação há pelo menos 15 anos, contou ao iG que estava em
uma operação policial para repressão ao transporte alternativo, as vans
ilegais, quando avistou crianças sujas de sangue vindo em sua direção.
Segundo o policial, as crianças
choravam muito e pediam socorro. Ele, então, correu para o colégio e, na
porta, ouviu tiros. Sozinho, o sargento Márcio Alves entrou na escola e
se deparou com o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos,
no corredor. Fardado, Alves efetuou disparos de pistola em direção ao
tórax do artirador e pediu para ele largasse as armas.
“Acredito que o tiro tenha sido
no abdômen (O governador Sérgio Cabral afirmou que o ferimento foi na
perna). Ele caiu na escada, consegui impedir que chegasse ao terceiro
andar (o prédio da escola tem quatro andares), e se suicidou com um tiro
na cabeça. Ele veio com a arma apontada para mim, foi baleado, caiu na
escada e cometeu suicídio”.
Logo após o confronto com
Wellington, o sargento fez uma varredura na escola antes de tentar
socorrer as crianças, pois havia um boato sobre a presença de outro
atirador. Há 18 anos na Polícia Militar, Alves disse que a tristeza é
grande, mas que também tem o sentimento de dever cumprido.
“Tristeza por essas crianças,
tenho filhos, mas também tenho um sentimento de deve cumprido. A
tristeza não vai sair fácil da nossa memória, mas cumpri a minha parte.
Se eu tivesse chegado 5 minutos antes, talvez tivesse evitado muita
coisa”, completou o policial.
Aplausos
Alves deixou a escola às 13h, sob uma salva de fortes aplausos dos alunos, funcionários e moradores da região, em Realengo.
A aposentada Giudete de
Vasconcelos, de 67 anos, avó de três alunos do colégio, fez questão de
cumprimentar Alves pessoalmente. “Em uma hora dessas, temos que dar
valor a esses profissionais. O meu neto poderia ter sido atingido, mas
ele está bem em casa. Ele é um herói”, disse Giudete, muito emocionada.
O comandante geral da PM do Rio,
coronel Mário Sérgio, disse que o sargento Alves "fez o seu trabalho" e
que, se não fosse por ele, "a tragédia seria muito pior".
Fonte: Ultimo Segundo
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