sexta-feira, 20 de agosto de 2010

POLICIAL REVELA MOMENTOS DE TERROR DURANTE A AÇÃO DOS BANDIDOS EM MONTE ALEGRE/RN

Na última quarta-feira (18) a cidade de Monte Alegre/RN, localizada a 150 km da Capital do Estado, viveu momentos de terror, devido a ação de bandidos fortemente armados que planejavam assaltar o banco da cidade.

Após atirar e dominar os policiais da cidade, os bandidos os fizeram reféns, soltando-os logo em seguida numa estrada carroçável. Porém, momentos como esses o policial J. Gomes não irá esquecer.

O soldado J. Gomes, um dos três reféns dos bandidos que aterrorizaram Monte Alegre, na quarta-feira, após ter sido liberado pelos assaltantes passou mal e foi encaminhado para o Hospital Maternidade Lavosier Maia. Ele estava com a pressão em 15/11 (alta). O policial conversou com a reportagem de um jornal do Estado e revelou os momentos de tensão vividos por ele e mais dois companheiros.

Relatos como esses são comuns em todo o país por policiais que passam por situações semelhantes. Pouco se divulgam a versão do policial-vítima, já que somos treinados para enfrentar a criminalidade, mesmo com o risco da própria vida. Os policiais que viveram esses momentos de terror no município de Monte Alegre tiveram suas vidas ameaçadas na incerteza se conseguiriam sair vivos daquela ação, já que eles eram vítimas daqueles que eles combatem veementemente. Por sorte, não ocorreu o pior e eles podem contar os detalhes dessa ação criminosa que preferiam não ter vivido.

Confira a entrevista do soldado J. Gomes à um jornal local.


Como foi a abordagem dos bandidos?
Foi uma surpresa. De repente eles chegaram e começaram a atirar. Tinha um deles que estava com quatro pistolas, uma na mão direita, outra na esquerda e duas na cintura. Ele atirava com as duas mãos. Ainda vi homens com espingarda calibre 12 no ombro. Em 20 anos de profissão, nunca tinha visto aquilo na minha vida. Soubemos que os veículos: Celta preto e um Tempra estavam dando apoio ao bando.

Qual foi sua reação?
Eu não reagi. Me deitei no chão. Mandaram que a gente entregasse as armas. Pedi para que o sargento (Nascimento) entregasse o armamento.

Foram muitos tiros?
Sim, foram muitos disparos “no pé do ouvido”. Fiquei desesperado.

O que eles disseram para o senhor?
Um deles dizia que não queria a gente. Só o banco (a agência do Banco do Brasil).

Decidiram na hora levar vocês como reféns? Algo deu errado no planejamento dos bandidos?
Não sei. Eram seis homens, três deles entraram na viatura da PM e nos levaram juntos. Os outros três fugiram para outro lado. Não sei se estavam a pé.

Dentro da viatura eles diziam o quê?
Que queriam fugir. Pedimos que eles não nos fizessem mal. O sargento estava baleado com um tiro na perna e sangrava muito. Nós (PMs) estávamos muito preocupados com o sargento.

Em que momento eles liberaram vocês?
Quando chegamos em uma estrada de terra. Deixaram a gente e fugiram.

Que experiência o senhor tirou da ação dos bandidos?
Que realmente é melhor não reagir em casos como o que fui vítima.

Fonte: Sd Glaucia

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