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Marcada
em sua história por acontecimentos violentos, a região Oeste do Rio
Grande do Norte sempre despontou como a mais perigosa do Estado.
Estupro, latrocínio, assaltos, sequestros, assassinatos, roubo de
veículos, arrastões nas estradas são muito comuns para a população que
vive na região.
De
1980 a 1990 começaram a surgir quadrilhas que se tornaram conhecidas
nacionalmente, pela ousada e forma de agir, superando em todos os
aspectos o aparelho policial. Bandos famigerados como os da família
Carneiro, liderados por "Doutor Benevides e mais tarde pelo seu primo
Valdetário Carneiro; a quadrilha de José Ferreira da Silva, o "Dão
Torrado"; o bando de Hélio Cosmo da Silva, "Mangueira"; a gangue de João
Nunes, "João da Besta" e tantos outros mais.
Para
se ter uma ideia, basta fazer uma leitura nos veículos de comunicação
da região que nas páginas policiais diariamente são publicadas notícias
ligadas ao Oeste. São assaltos a estabelecimentos comerciais, bancos,
correios, carros e motos tomados de assaltos e arrastões nas estradas.
O agricultor Honório Dantas, proprietário de uma pequena fazenda entre os municípios de Caraúbas, Olho D'água do Borges e Umarizal,
já teve a sua casa invadida por bandidos duas vezes, de onde levaram
dinheiro e eletrodomésticos. "Estou sendo obrigado a me mudar para uma
cidade, minha família não mais consegue ter paz. Todo dia quando
anoitece é aquela tensão, o nervosismo toma conta de todos, pois já por
duas vezes fomos roubados. Quero vender minha propriedade que durante
anos vem passando de pai para filho, mas sei que dificilmente vou
encontrar comprador", destacou.
A mesma situação viveu um agricultor residente no sítio Boa Água, em Caraúbas, quando durante a madrugada bandidos invadiram sua casa e levaram móveis e dinheiro. "É uma sensação horrível, você acordar com bandidos dentro de sua casa, humilhando sua família e ameaçando todos", destacou o agricultor que não quis ser identificado.
As constantes invasões a domicílios na zona rural tem levado a população a migrar para as cidades onde a "segurança" aparentemente é um pouco mais visível.
"Já cansamos de cobrar do governo segurança, entretanto nada é feito, o caos tem se instalado na região e nós agricultores não temos para onde ir ou para quem apelar. É muito triste ver tanta gente boa refém da marginalidade", concluiu o agricultor.
A mesma situação viveu um agricultor residente no sítio Boa Água, em Caraúbas, quando durante a madrugada bandidos invadiram sua casa e levaram móveis e dinheiro. "É uma sensação horrível, você acordar com bandidos dentro de sua casa, humilhando sua família e ameaçando todos", destacou o agricultor que não quis ser identificado.
As constantes invasões a domicílios na zona rural tem levado a população a migrar para as cidades onde a "segurança" aparentemente é um pouco mais visível.
"Já cansamos de cobrar do governo segurança, entretanto nada é feito, o caos tem se instalado na região e nós agricultores não temos para onde ir ou para quem apelar. É muito triste ver tanta gente boa refém da marginalidade", concluiu o agricultor.
Sete agências dos Correios assaltadas em menos de um mês no Médio e Alto Oeste
Um
ponto vulnerável nas cidades oestanas que os marginais gostam de
assaltar são as agências dos Correios, devido ao número reduzido de
funcionários e a falta de vigilantes. Em pouco menos de um mês, sete
agências do Correios foram assaltadas. Almino Afonso, Rafael Goleiro,
Lucrécia, Tabuleiro Grande, Encanto, Itaú e Caraúbas já tiveram suas
agências postais assaltadas pelo menos uma vez.
Segundo a polícia, geralmente dois elementos, de motocicleta, usando roupas escuras, capacetes, armados de revólveres ou pistolas são os responsáveis pela ação que leva de cinco a dez minutos.
O bacharel Clayton Pinho, titular da Delegacia de Polícia Civil de Apodi, disse que os criminosos preferem moto para assaltar postos de Correios, devido ser mais ágil durante a fuga.
"A motocicleta é mais fácil de passar por qualquer local, além do mais pode ser camuflada em qualquer local", destacou.
As agências dos Correios não divulgam o montante de dinheiro levados pelos assaltantes, mas sabe-se que é um valor muito alto.
População abandona zona rural devido ao alto índice de criminalidade
Vários
municípios da região Oeste estão com dezenas de domicílios rurais
abandonados. A população foge para os centros urbanos em busca de mais
tranquilidade.
Esse
é o retrato das comunidades localizadas entre os municípios de
Caraúbas e Janduís, onde o êxodo rural foi o responsável pelo
fechamento das residências. Para se ter uma ideia, os 20 quilômetros
que separam Caraúbas da comunidade de Santo Antônio, se tornam
intermináveis para quem arrisca transitar, seja de dia ou à noite.
Segundo
o proprietário, em uma das ocasiões ele reconheceu um dos marginais
que passou a fazer constantes ameaças contra ele e sua família. "Para
evitar o pior (matar ou morrer), achei melhor deixar tudo para trás e
recomeçar a vida em outro lugar", destacou.Fazendas
abandonadas, casas deterioradas, taperas na beira da estrada refletem
um cenário triste e melancólico, principalmente pelos ex-moradores,
obrigados que foram a se mudarem.
"Quando
eu me lembro que fui forçado pelos acontecimentos a me mudar e
abandonar minha casa, fico transtornado e de mãos atadas. Cinco vezes
invadiram minha propriedade, de onde levaram animais, motores agrícolas e
uma moto que comprei com muito sacrifício", explicou um homem marcado
pela violência.
A polícia caraubense alegou que não há policiais suficientes para fazer o patrulhamento nas comunidades.
Do Jornal O Mossoroense
E pra acabar de piorar soltaram João da Besta.
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