Natal está à beira do caos com a deficiência do serviço público
ocasionada pela onda de greves que foram deflagradas na última semana.
Ontem, funcionários de quatro Centrais do Cidadão se somaram a outras 11
categorias que estão de braços cruzados ou prestes a fazer isso:
motoristas de ônibus, policiais civis, professores, funcionários do
Detran, Idema, Emater e Tributação, além dos servidores da Procuradoria
Geral do Estado (PGE), os médicos da rede estadual e os técnicos do
Idiarn (fiscalização agropecuária), que também prometeram paralisar suas
atividades.
Está
programada para hoje, no largo do Machadinho, um evento que reunirá
centenas de grevistas e setores profissionais com indicativo de greve
para os próximos dias. Todos vão seguir rumo à Governadoria pedir o
atendimento de suas reivindicações. Como a maior parte das categorias
pertence ao serviço público estadual, a demanda recai sobre a
governadora Rosalba Ciarlini (DEM), que reuniu todos os secretários na
segunda-feira passada e ordenou corte brusco de despesas. Os motoristas e
cobradores de ônibus, no entanto, são responsabilidade do Sindicato das
Empresas de Transportes Urbanos de Natal (Seturn).
Não
será fácil solucionar todos os problemas. Nas Centrais do Cidadão, por
exemplo, se reúnem funcionários contratados e servidores efetivos de
diversas secretarias. Eles paralisaram as atividades ontem nas Centrais
do Via Direta, Praia Shopping, Zona Norte e Alecrim. "Reivindicamos o
pagamento das gratificações, que estão atrasadas desde janeiro. 99% dos
funcionários só trabalham nas Centrais do Cidadão por causa das
gratificações", explicou Luiz Moura, que integra a comissão que coordena
a greve.
As
gratificações variam entre R$ 450 e R$ 1.200, além do salário base dos
servidores. "Além disso, falta material diário e de limpeza. Tem dias
que fazemos cota para comprar água e café", declarou Maria Lima, outra
servidora insatisfeita. "As gratificações são um incentivo, mas se o
funcionário está insatisfeito, que retorne à sua categoria de origem.
Sou absolutamente contrário à greve", disse Aurélio Marques, gerente da
Central do Cidadão Praia Shopping. Com a redução dos serviços, quem se
prejudica é a população. "Na minha opinião, quem quer fazer
reivindicação, que o faça, mas sem prejudicar os usuários", protestou o
prestador de serviços terceirizados João Batista de Paiva
Decreto não consegue aumentar frota
Não
bastasse a onda de greves, os natalenses também têm de enfrentar as
chuvas fortes que caem no início da manhã e alteram a rotina de
trabalho. A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) identificou que os
motoristas que paralisaram suas atividades não respeitaram o limite de
30% da frota e colocaram nas ruas apenas 20% dos ônibus. Por isso, a
prefeita Micarla de Sousa publicou, no Diário Oficial, autorização em
caráter emergencial para que os serviços de táxi, transporte opcional,
escolar e de fretamento funcionem como substitutos das linhas de ônibus
que estão paralisadas em função da greve. Apesar disso, os usuários
enfrentaram transtornos ontem.
Nas
ruas, pouco se via vans e veículos de lotação substituindo o itinerário
dos ônibus. "Não vi nenhum. Sai às 6h de casa e só consegui chegar ao
trabalho às 9h30. O ônibus que peguei estava lotado, sem vaga para
ninguém", falou a promotora de vendas Kátia Janielly. Patrícia
Nascimento, técnica em radiologia, teve mais sorte. "Fiquei uma hora na
parada, mas aproveitei um ônibus da Guararapes que passou. O cobrador
anunciou que vinha para o Midway e eu aproveitei", disse, sem saber que
esse ônibus fazia a rota do transporte que ela utilizava usualmente.
Moradora
do Jardim Progresso, a dona de casa Miliane Vanessa Sabino não teve
como deixar de sair na chuva para levar a filha, de um mês de idade, a
um consultório médico no Tirol. "Desci no shopping e fui a pé. Um
absurdo. A cidade está um caos", opinou. Por causa da greve, algumas
instituições de ensino cancelaram suas aulas. O IFRN é uma delas. O
expediente nos campi Natal-Central e Cidade Alta está encerrando às 17h
porque apenas 30% dos 6 mil alunos está conseguindo assistir às aulas
*DIARIODENATAL.COM.BR
SOS Cia de Patú!
ResponderExcluirA população de Patú em termo de segurança pública está entregue as baratas; das três viaturas da pm que dispunha a Cia, uma foi pra Natal pra trocar pneus a mais de um mês e não apareceu mais, a parati está quase parando, e viatura do GTO está com os quatro pneus lisos; o prédio tá quase caindo, não tem alimentação pra os policiais e quase não tem efetivo, isso é uma vergonha.