Numa casa de taipa e chão batido
Ele mora, tranquilo, sossegado
Seu trabalho, é cuidar bem do roçado
D,onde seu, alimento é extraído
Por ali, ele é muito conhecido
E conhece, cada palmo do seu chão
Sua grande, ou maior preocupação
É faltar a comida na panela
La na roça, é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Ele mora, tranquilo, sossegado
Seu trabalho, é cuidar bem do roçado
D,onde seu, alimento é extraído
Por ali, ele é muito conhecido
E conhece, cada palmo do seu chão
Sua grande, ou maior preocupação
É faltar a comida na panela
La na roça, é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Chapéu grande de palha bem trançado
Um facão pendurado na cintura
Alpercata no pé, de sola dura
Um trinchete pontudo e amolado
Um boi manso, um jumento e um arado
Na cozinha, um moinho e um pilão
No lugar de usar um cinturão
Sua cinta é uma imbira sem fivela
La na roça é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Com o rosto, bastante enrugado
Com a pele queimada do sol quente
Com o jeito, matuto, permanente
No pescoço um rosário enfiado
Pra fazer oração lá no roçado
E pedir a Padim Ciço proteção
Pra que nunca na vida falte o pão
Para os filhos, e à esposa tão singela
Lá na roça é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Uma camisa suada e encardida
Madrugada, levanta e chama o filho
Em seguida a esposa está de pé
Já prepara a chaleira de café
Faz beijú, tapioca e pão de milho
E enquanto o sol chega com seu brilho
Todos comem na beira do fogão
Sem porfia, e sem, reclamação
Porque sabem que a vida é sempre bela
Lá na roça é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Um domingo por mês vai na cidade
Comprar fumo de rolo na bodega
Na igreja, ouvir o que o padre prega
E cumprir a religiosidade
Lá na rua, não se sente, à vontade
Não parece pisar firme no chão
A lavoura é a sua profissão
E não sabe viver distante dela
Lá na roça é assim que se revela
O retrato do homem do SERTÃO.
Um facão pendurado na cintura
Alpercata no pé, de sola dura
Um trinchete pontudo e amolado
Um boi manso, um jumento e um arado
Na cozinha, um moinho e um pilão
No lugar de usar um cinturão
Sua cinta é uma imbira sem fivela
La na roça é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Com o rosto, bastante enrugado
Com a pele queimada do sol quente
Com o jeito, matuto, permanente
No pescoço um rosário enfiado
Pra fazer oração lá no roçado
E pedir a Padim Ciço proteção
Pra que nunca na vida falte o pão
Para os filhos, e à esposa tão singela
Lá na roça é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Uma camisa suada e encardida
Uma calça rasgada no joelho
Com a barba tirada sem espelho
Que a navalha na pele fez ferida
Se levanta bem cedo e vai pra lida
De segunda, a sábado é um só rojão
Toda noite ele usa um lampião
Se não tem querosene ascende vela
Lá na roça é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Madrugada, levanta e chama o filho
Em seguida a esposa está de pé
Já prepara a chaleira de café
Faz beijú, tapioca e pão de milho
E enquanto o sol chega com seu brilho
Todos comem na beira do fogão
Sem porfia, e sem, reclamação
Porque sabem que a vida é sempre bela
Lá na roça é assim que se revela
O retrato do homem do sertão
Um domingo por mês vai na cidade
Comprar fumo de rolo na bodega
Na igreja, ouvir o que o padre prega
E cumprir a religiosidade
Lá na rua, não se sente, à vontade
Não parece pisar firme no chão
A lavoura é a sua profissão
E não sabe viver distante dela
Lá na roça é assim que se revela
O retrato do homem do SERTÃO.
de Edmilson Garcia
São Vicente - SP
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