Mais de mil casos de homicídio
ocorridos no Rio Grande do Norte até 2007, e que estão sem solução,
poderão ter um desfecho até junho deste ano. Dentro de 20 dias, a
capital potiguar receberá um grupo de policiais, integrantes da Força
Nacional de Segurança, que atuarão junto à Polícia Civil do estado para
tentar desvendar esses crimes. A força-tarefa foi constituída como forma
de cumprir a Meta 2 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança
Pública (Enasp) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que
prevê a conclusão de todos os inquéritos e procedimentos investigatórios
de homicídios instaurados até 31 de dezembro 2007. No total, serão
1.185 casos averiguados no estado.
De acordo com o titular da
Delegacia de Homicídios (Dehom), Fábio Rogério Silva - que é membro da
Força Nacional de Segurança -, serão formadas cerca de oito equipes,
compostas pelos policiais do estado e os que virão de fora. Quem
coordenará a força-tarefa no estado é o delegado Marcos Vinícius, membro
da Dehom, tendo em vista que Fábio Rogério irá integrar a força-tarefa
do estado de Alagoas. "Esse trabalho será realizado em vários estados.
Aliás, essa força-tarefa depende da solicitação dos gestores estaduais.
Nós teremos essa ajuda porque o Governo do Estado solicitou", explicou.
O delegado demonstrou confiança
no projeto, mas reconhece que os desafios são grandes. "A expectativa é
boa, mas é muito difícil atingir essa meta em tão pouco tempo. São
muitos homicídios e sabemos que a apuração desses casos não é fácil,
pois a maioria deles é de autoria desconhecida. Mas vamos fazer o
possível".
O adjunto da Secretaria Estadual
de Segurança Pública, Silva Júnior, informou que a governadora Rosalba
Ciarlini já encaminhou um ofício para o Ministério da Justiça e o estado
aguarda a data em que os policiais chegarão, além da informação sobre a
quantidade.
O plano de trabalho montado pela
Enasp fixou algumas metas, entre elas a eliminação da subnotificação
nos crimes de homicídio, de modo quea toda a morte violenta ou suspeita
corresponda um inquérito; concluir, com produção de relatório, todos os
inquéritos e procedimentos investigatórios instaurados até 31 de
dezembro de 2007, em decorrência de homicídios dolosos; alcançar a fase
de pronúncia em todas as ações penais por crime de homicídio ajuizadas
até 31 de dezembro de 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário