quarta-feira, 20 de abril de 2011

21 DE ABRIL DE 2011 - Ordem do dia - Mensagem do Comandante Geral da PM-RN



Manhã de  sábado, 21 de abril de 1792. Há exatos 219 anos, ao mesmo  tempo em que  foi  silenciado o maior expoente da  luta pelo  alvedrio em nosso país,  ecoou por  toda nação o grito de liberdade que vem se perdurando até nossos dias. Morre Joaquim José da Silva  Xavier  e  surge  o  herói  Tiradentes,  homem  idealista,  incomum,  vanguardista  e  de elevada nobreza - qualificações estas inerentes às pessoas da mais elevada estirpe.

Nascido  em  uma  fazenda  no  distrito  de  pombal,  em  minas  gerais,  quando adolescente dedicou-se às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que  lhe valeu a alcunha de Tiradentes. Alistou-se na  tropa da capitania de Minas Gerais, tendo alcançado o posto de alferes. Inconformado com o volume de riquezas tomadas pelos portugueses  e  a pobreza  em que o povo permanecia, passou  a defender,  juntamente  com Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto, a independência  da  província  mineira.  Delatado  por  um  dos  integrantes  do  movimento, Tiradentes foi preso, julgado e condenado a morrer na forca. 

O  sonho  do  herói  custou  sua  própria  existência  e,  apenas  30  anos  após  sua execução,  a  tão  almejada  liberdade  do  povo  brasileiro  foi  conquistada,  tornando-se  um marco  no  processo  histórico  de  consolidação  da  democracia  e  de  respeito  à  cidadania  - valores  que  ainda  hoje  buscamos  e  defendemos,  em  sentido  amplo,  com  o  sacrifício  da própria vida.

Instituído  como  patrono  das  Polícias  Militares  e  Civis  do  Brasil,  a  figura  de Tiradentes  transcende  a  imagem  do  mito  e  nos  inspira  com  o  sentimento  abnegação  e denodo,  características  inerentes  aos militares  estaduais  no  exercício  de  suas  atividades profissionais. Os desafios não são poucos no controle da violência e da criminalidade, na promoção dos direitos humanos e garantia da cidadania, contudo maior é a disposição para o  trabalho  e  a vontade de  crescermos  como  instituição, oferecendo  a proteção necessária que o povo potiguar exige e merece.

Meus  comandados,  que  o  glorioso  legado  do  alferes Tiradentes,  na  busca  heróica pela liberdade, nos proporcione a lucidez necessária no desempenho de nossas atividades e a força imperiosa para a defesa e proteção da sociedade norte-rio-grandense.

Que o grande arquiteto do universo proteja a todos nós.
Francisco Canindé de Araújo Silva - Comandante Geral da Polícia Militar do RN.

Fonte: Boletim Geral 074/2011

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