Manhã de sábado, 21 de abril de 1792. Há exatos 219 anos, ao mesmo tempo em que foi silenciado o maior expoente da luta pelo alvedrio em nosso país, ecoou por toda nação o grito de liberdade que vem se perdurando até nossos dias. Morre Joaquim José da Silva Xavier e surge o herói Tiradentes, homem idealista, incomum, vanguardista e de elevada nobreza - qualificações estas inerentes às pessoas da mais elevada estirpe.
Nascido em uma
fazenda no distrito
de pombal, em
minas gerais, quando adolescente dedicou-se às práticas farmacêuticas e ao
exercício da profissão de dentista, o que
lhe valeu a alcunha de Tiradentes. Alistou-se na tropa da capitania de Minas Gerais, tendo
alcançado o posto de alferes. Inconformado com o volume de riquezas tomadas
pelos portugueses e a pobreza
em que o povo permanecia, passou
a defender, juntamente com Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio
Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto, a independência da
província mineira. Delatado
por um dos
integrantes do movimento, Tiradentes foi preso, julgado e
condenado a morrer na forca.
O sonho do
herói custou sua
própria existência e,
apenas 30 anos
após sua execução,
a tão almejada
liberdade do povo
brasileiro foi conquistada,
tornando-se um marco no
processo histórico de
consolidação da democracia
e de respeito
à cidadania - valores
que ainda hoje
buscamos e defendemos,
em sentido amplo,
com o sacrifício
da própria vida.
Instituído como
patrono das Polícias
Militares e Civis
do Brasil, a
figura de Tiradentes
transcende a imagem
do mito e
nos inspira com
o sentimento abnegação
e denodo, características inerentes
aos militares estaduais no
exercício de suas
atividades profissionais. Os desafios não são poucos no controle da
violência e da criminalidade, na promoção dos direitos humanos e garantia da
cidadania, contudo maior é a disposição para o
trabalho e a vontade de
crescermos como instituição, oferecendo a proteção necessária que o povo potiguar
exige e merece.
Meus comandados,
que o glorioso
legado do alferes Tiradentes, na
busca heróica pela liberdade, nos proporcione a lucidez necessária
no desempenho de nossas atividades e a força imperiosa para a defesa e proteção
da sociedade norte-rio-grandense.
Que o grande arquiteto do universo proteja a todos nós.
Francisco Canindé de Araújo Silva - Comandante Geral da Polícia Militar do RN.
Fonte: Boletim Geral 074/2011
Via: O Guardião da Serra
Nenhum comentário:
Postar um comentário