Quando
o policial tira a farda num ato de raiva ou o bombeiro mostra uma
motosserra numa briga banal é sinal que algo pode estar errado. E não
são casos isolados. Há relatos graves de problemas de saúde na segurança
pública, indicando que é preciso reforçar a área e impedir que o pior
aconteça para os próprios policiais e à sociedade.
A
constatação do DC saiu após entrevistas com policiais, psicólogos e
episódios recentes em Santa Catarina. De farda ou não, quem trabalha
contra o crime afirma que a situação assemelha-se a uma "bomba-relógio".
Para eles, a condição salarial, a falta de efetivo, as crises internas e
o não-acompanhamento fixo da saúde dos profissionais agravam o estresse
que a própria atividade gera.
Histórias
de servidores da segurança com sintomas de doenças causadas pelo
estresse e de situações contra a ordem são comuns no Estado. Um soldado
ouvido pelo DC e que pediu para não ser identificado para evitar punição
interna contou que chegou a tentar o suicídio há dois anos.
— Ninguém
entra na profissão doente. É coisa que adquiri vivenciando mortes,
vendo corpo decepado, tendo de tirar vida na rua. Quando cheguei no
ponto crítico tentei o suicídio. Antes levaria três superiores junto.
Mas minha mulher me salvou — emociona-se o soldado que ficou quatro
meses fora das ruas, mas decidiu retornar mesmo sem terminar o
tratamento para não perder parte do salário.
FICHA INFORMATIVA
Reproduzido de: Hora de Santa Catarina.
Autor: Diogo Vargas - diogo.vargas@diario.com.br
Publicação: 26/03/2011
Leia a Matéria Completa no Site de Origem: Clique Aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário