Uma
agente de trânsito da Operação Lei Seca, que atuava na madrugada deste domingo
na Lagoa, recebeu voz de prisão por parte do juiz João Carlos de Souza Correa,
que alega ter sido vítima de desacato ao ser parado na blitz.
O
magistrado, que passou no teste do bafômetro, dirigia um Land Rover preto sem
placa e estava sem a carteira de habilitação no momento da abordagem.
Ao
verificar a data da nota fiscal, a funcionária constatou que o período de 15
dias para o emplacamento estava vencido e informou que o veículo seria
rebocado.
De acordo
com ela, o juiz, que teria dito não saber deste prazo, deu voz de prisão depois
que ela questionou o fato de ele não saber da exigência. Correa é titular da 1ª
Vara de Búzios.
- Eu disse:
o senhor é juiz e alega desconhecer a lei? Ele disse que eu o estava insultando
e que me daria voz de prisão. Ele queria que o tenente da PM, que fica na
operação, me prendesse.
Mas como
isso não ocorreu, ele mesmo deu a voz de prisão e queria que eu entrasse no
carro da polícia. Mas me recusei e fui num veículo administrativo da Lei Seca
até a delegacia - disse Luciana Tamburini, que trabalha na operação há dois
anos, desde o início da Lei Seca.
O caso
foi regsitrado na 14 DP (Leblon) como desacato. Correa disse que, ao ser
abordado na blitz, parou, fez o exame e apresentou a documentação sem
apresentar dificuldade:
- Minha
habilitação estava na bolsa da minha mulher. Estávamos em Búzios, foi meu
plantão neste sábado. Voltávamos de lá, parei para comer algo e ela foi para
casa, levando meu documento. Depois ela trouxe a carteira.
Sobre o
emplacamento, sabia que tinha uma exigência, mas não que o prazo era tão curto.
Vou cobrar do despachante, que não me alertou sobre isso. Minha placa deve ser
entregue nesta segunda. Acho que faltou habilidade por parte da agente.
Ela me
desacatou, sou um magistrado. Imagina eu, que faço Justiça, sendo injustiçado.
Ela disse: Ele é juiz, não é Deus. Foi desacato.
Fonte:
Blog do J Gomes
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