quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Confira as dicas para evitar o crime de "saidinha de banco"


Foi o tempo em que a hora de digitar a senha era o único momento em que o cliente deveria se preocupar ao ir a uma agência bancária realizar alguma operação. Agora, é na hora de sair do banco que é preciso mais atenção, com a popularização do roubo conhecido como “saidinha de banco”, em que a vítima é pega pelos bandidos ao sair do banco e tem de sacar algum valor.

Apesar de não haver nenhum número que comprove, a prática deste crime está cada vez mais comum para a população. “Antes não tinha essa preocupação, mas agora sempre evito contar dinheiro mesmo que dentro da agência, não ando com volumes e observo, antes de sair do banco, quem está do lado de fora”, afirmou a professora aposentada Maria Carvalho, cliente do Banco do Brasil.

Na Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) não há números que especifiquem os casos de saidinha de banco. O crime entra na estatística como roubo e é investigado pelas delegacias distritais, pois a Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) tem responsabilidade apenas sobre os casos que envolvem valores acima de 30 salários mínimos - ou mais de R$ 15 mil.

Mesmo sem esse dado da quantidade desse tipo de roubos, já há um perfil para quem pratica o crime e, geralmente, essas pessoas não estão envolvidas apenas em assaltos. Segundo a Sesed, o bandido que faz a “saidinha de banco”, é o mesmo que assalta a lotérica, que rouba os postos de gasolina, mas faz isso de forma sazonal. Quando aumenta a repressão para um tipo de crime, ele passa a atuar de outra forma, em outra ação. “Sabemos que há uma globalização do crime. O que assalta é o mesmo que mata, que estupra. Não há mais bandido que pratique apenas um tipo de crime”, afirmou a delegada da Defur, Sheila Freitas.

Além do cuidado ao sair do banco, como contou a aposentada Maria Carvalho, deve-se procurar as agências em horários de maior movimento pois, neles, há pessoas nas ruas e os bandidos ficam com receio de agir. Agências nos shoppings, em grandes centros comerciais, como no Centro e no Alecrim, onde a polícia já realiza um trabalho ostensivo mais eficiente, também são mais aconselháveis. “O importante é cada um se policie. Ter cuidado na hora de sacar, de contar o dinheiro e de guardá-lo no bolso ou na carteira. Ser o mais discreto possível. Procurar fazer rotas diferentes no caminho banco-casa e até procurar as agências em dias e horários alternados. E qualquer dúvida ou movimentação estranha percebida, ligar para o 190”, aconselhou o chefe de operações da Polícia Militar, o major Alarico Azevedo.

O produtor de eventos, Edilson Lima, nunca foi vítima da “saidinha de banco”, mas baseado na proprietária da empresa onde trabalha, dá uma outra dica para não ser roubado ao sair do banco. “A dona da empresa onde trabalho já foi vítima de três assaltos como esse. Agora, ela não vai ao banco sozinha. Sempre que precisa entrar em alguma agência, nós ficamos do lado de fora observando o movimento para saber se alguém a está seguindo. Com uma pessoa por perto, os assaltantes também ficam desencorajados a anunciar o roubo”, contou o produtor.

Idosos e mulheres são as principais vítimas dos bandidos, mas qualquer pessoa se mostrando desatenta ou com uma grande quantia em dinheiro pode ser vítima da “saidinha de banco”. “Por isso, quando saio do banco, sempre peço a Deus para que nada aconteça comigo”, contou o professor de música Evilásio Roberto, que já foi assalto oito vezes, mas nenhum ao sair do banco.

Fonte: Tribunadonorte

Nenhum comentário:

Postar um comentário